quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Matador de Santas


"Quer assistir à peça O Matador de Santas?", perguntou meu namorado. Convite feito, convite aceito.
E lá fomos nós, no fim de semana, ao Oi Futuro.

Como é bom sermos surpreendidos! Fui ao teatro sem muitas informações sobre a peça e saí de lá feliz da vida. Simplesmente porque a peça é boa à beça!

Em cena, apenas quatro personagens: uma mulher (Jorgina), seu marido (Baltazar), a filha (Queridinha) e seu noivo (Diego). Mas não são quatro personagens comuns.  Temos uma mulher autoritária que se julga no direito de ditar as regras do jogo como se fosse a dona da verdade; um marido submisso, que não se defende dos ataques da mulher e vive em função de suas calopsitas; uma filha recalcada e insegura; e um noivo que é médico, apaixonado por sua noiva.

Por que a peça se chama "O Matador de Santas"? Porque moças com nomes de santas aparecem mortas e Jorgina tem a certeza - ela não é a dona da verdade? - de que o assassino é o seu vizinho.

A peça tem várias referências e algumas são bastante visíveis, como as obras de Pedro Almodóvar e Nelson Rodrigues. O artista visual David Lachapelle e o designer Philippe Starck também são citados.  Não conheço os trabalhos dos fotógrafos Pierre et Gilles, também referências, segundo o material gráfico entregue aos espectadores no começo da peça.

Posso até estar enganada, mas acho que a peça terá "vida longa", assim como ocorreu com "Não sou feliz, mas tenho marido", monólogo que também teve sua estreia no Oi Futuro.

Elenco: Ângela Vieira, Tonico Pereira, Izabella Bicalho e Rafael Sieg
Direção: Guilherme Leme

Serviço:
Oi Futuro Flamengo
R. Dois de Dezembro, 63
6ª a dom, às 19h30
Valor do ingresso: R$ 15 (estudantes e idosos pagam meia)
Duração: 1h20
Até 10 de outubro

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