terça-feira, 27 de abril de 2010

Zona Verde: um oásis em plena Guerra do Iraque




Imagine a seguinte situação: você é um cidadão americano, patriota e é convocado a ir para a guerra. 
Possivelmente, aceitará a missão de bom grado, visto que se sente orgulhoso por estar sendo extremamente útil ao seu país. Afinal, os EUA estão preocupados em proteger o mundo contra os inimigos iraquianos e suas poderosas armas de destruição em massa.

Eis que, já instalado no Iraque, num determinado momento você descobre que há algo errado porque não consegue localizar as tais armas. E, de  repente, percebe que nada é o que parecia ser. Há outros interesses por trás disso tudo e acaba se dando conta sobre o real significado da tal guerra.

O filme mistura denúncia e entretenimento. Aliás, a tensão permanece no ar graças à câmera nervosa, marca registrada do diretor. Não gosto muito de filmes de guerra, mas este mostra o que ocorre nos bastidores, deixando tudo ainda mais interessante.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Simply Red: a última turnê do grupo musical




A banda inglesa Simply Red desembarcou no Brasil para a sua última turnê, "Farewell, The Final Tour". 
Obviamente, os fãs não poderiam deixar de comparecer a esse momento histórico. Afinal, o grupo esteve no Brasil em 1988 e em 1993 para participar do Hollywood Rock, festival de música.

Curiosamente, quando fui comprar os ingressos para o show, já não havia lugares disponíveis nos camarotes (R$ 400,00) e poltronas        (R$ 300,00), os setores mais caros. Como não pretendia mesmo pagar esses valores, comprei os ingressos para a pista (R$ 150,00).

O show começou com um atraso de 20 minutos aproximadamente, mas logo se via a qualidade da banda.
Mick Hucknall, o vocalista, é aquilo mesmo que vemos em clipes musicais ou ouvimos no rádio ou em CD's. Ele é bom e ponto final.

O grupo tocou músicas novas, mas não deixou de lado os clássicos como "If you don't know me by now", "Stars" e "Holding back the years".

A banda cumpriu com o seu papel, mas achei a apresentação técnica demais. Faltou emoção. Ficou visível o famoso "entrou em cena, fez o que era esperado e se mandou". Se eles fizeram o que tinha de ser feito, por que falar de emoção, caramba? É que vejo a emoção como a "cereja do bolo", o que falta para tornar tudo ainda melhor.

Como eu vi isso de perto na apresentação do "Celtic Legends", fiquei mal acostumada. Achei que o espetáculo se tornou ainda mais grandioso.

Mas, longe de desmerecer o trabalho do Simply Red! São músicos altamente competentes, tocam à beça e posso dizer que se despediram dos cariocas de uma forma bastante satisfatória.

Curiosidade: vários integrantes já passaram pela banda, inclusive o brasileiro Heitor Teixeira Pereira, mais conhecido como Heitor T.P. Ele foi guitarrista do Simply Red.

O Segredo dos seus Olhos: Oscar de melhor filme estrangeiro




Eu já havia visto "O Filho da Noiva" e "Clube da Lua", filmes anteriores do cineasta Juan José Campanella. Lembro de ter gostado de ambos os filmes, especialmente do primeiro, que muito me emocionou.

Com um belo referencial em mãos, não poderia deixar de assistir ao filme "O Segredo dos seus Olhos", mas demorei um pouco a fazê-lo. Uma amiga já havia assistido e ainda me deixou com mais água na boca, em função dos comentários feitos.

O filme se passa em duas épocas. Na primeira, datada de 1974, nos deparamos com um estupro seguido de assassinato. Este crime choca e perturba Benjamin Espósito, oficial de Justiça. Seu maior desejo se torna capturar o criminoso.

A outra época, 25 anos depois, nos mostra o mesmo Benjamin, agora aposentado, escrevendo um livro sobre a tragédia ocorrida em 1974.

Temos, de um lado, a trama que envolve a perseguição ao criminoso. A dedicação do marido da moça assassinada nos dá a nítida sensação de que a sua vida não prosseguiu após o terrível crime. O seu objetivo de vida tornou-se um só: achar o criminoso e vê-lo passar o resto de seus dias em prisão perpétua.

De outro lado, vemos a dificuldade que Benjamin Espósito tem de se relacionar afetivamente. Em uma cena, no meio da noite, ele acorda e escreve a palavra "Temo" em um pedaço de papel. É apaixonado por sua chefe, mas não tem coragem de se declarar. Ela também nutre um especial sentimento por ele, mas como ele não toma nenhuma iniciativa, ela acaba noivando, se casando e tendo filhos com outro homem. Isso se dá lá em 1974.

Um reencontro ocorre 25 anos depois. Ficamos sabendo que ele se casou, mas não teve êxito no matrimônio. Percebemos que a agora ex-chefe permanece casada, mas não está feliz nessa relação. Ele resolve lutar por aquilo que tanto quis. E a forma como isso é feito é simplesmente sensacional! Uma dica: tem a ver com o tal papel, no qual encontra-se a palavra "Temo".

O final do filme é surpreendente por ser inesperado! Não vou estragar a surpresa. Afinal, quem ainda não pode assistir a essa co-produção Argentina/Espanha, não deve deixar de assisti-la.

Ao sair da sala de cinema, eu pensava nos dois desfechos - do crime e da situação amorosa de Benjamin Espósito. Situações de muita angústia.

Como, por exemplo, esperar 25 anos para abrir o seu coração? Ótimo motivo para uma saudável discussão! Uma pessoa disse que aquilo era impossível na vida real. Eu, sinceramente, discordo.

A ex-chefe tentou seguir em frente a partir do momento que se casou e teve filhos. Mas não foi feliz. Poderia ter sido, mas não foi. Espósito se casou, mas também não foi feliz. E nem poderia. O filme nos mostra que ele achava lindo o amor do outro, do marido pela esposa assassinada, mas ele mesmo não era capaz de amar. Ele conseguiu "sair da bolha" 25 anos depois, mas conseguiu. Será que estou enganada ou podem existir pessoas que passam uma vida inteira "dentro da bolha"?

Elenco: Ricardo Darín, Soledad Villami, Guillermo Francella, Pablo Rago e Javier Godino.
Direção: Juan José Campanella
Argentina / Espanha - 2009
Curiosidade: teve um público em torno de 3 milhões de espectadores na Argentina, o que fez com que se tornasse o filme nacional mais visto desde 1983. Fonte: site Adoro Cinema.

domingo, 18 de abril de 2010

Celtic Legends: uma apresentação esplendorosa





Há alguns anos, estava vendo televisão em casa e me deparei com a apresentação de um grupo que dançava magnificamente. Lembro de ter ficado boquiaberta diante daquela apresentação! Afinal, havia uma sintonia e sincronicidade impressionantes! O grupo era o Riverdance, que apresentava um espetáculo de sapateado irlandês. E o líder do grupo, Michael Flatley, era simplesmente um assombro. Que descoberta maravilhosa!

Eis que, no dia 16 de abril de 2010, o Rio de Janeiro recebeu o grupo Celtic Legends para uma única apresentação. O grupo, criado em 2002, na Irlanda, já fez mais de 1000 apresentações em todo o mundo.
Apresentam um show de música ao vivo e dança, mostrando um pouco da cultura da Irlanda. Os artistas são provenientes de Galway, Dublin e Belfast.

Não quero fazer uma comparação entre Riverdance e Celtic Legends porque me pareceria injusta. Mas foi necessário que conhecesse o trabalho do primeiro grupo para ter a certeza de que ia gostar do que o segundo apresentaria.

São cinco músicos em cena. Como a música folclórica irlandesa apresenta fortes traços da música celta, temos a presença dos seguintes instrumentos: tin whistle (espécie de flauta), violino, acordeon, violão e o tambor bodhrán. As músicas irlandesas têm uma melodia própria. Segundo o jornal Le Monde, "a música tocada ao vivo é de cortar a respiração". E é mesmo. O virtuosismo da violinista é de arrepiar!

Além dos músicos, há um grupo de 15 jovens bailarinos, muitos deles vencedores de campeonatos internacionais. As coreografias são de Ger Hayes, solista do musical "Lord of the Dance". Visivelmente, o destaque fica com um rapaz franzino, que empolga a platéia quando entra em cena. Não é pra menos. Parece ter asas nos pés como o deus grego Hermes.

Foi uma apresentação esplendorosa! E, certamente, os integrantes do Celtic Legends souberam o quanto deixaram os cariocas felizes. Afinal, as manifestações de satisfação foram muitas. Típicas do povo brasileiro.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Por uma Noite - um sonho nos bastidores da Broadway




Eu adoro musicais! Acho o máximo ver como uma história pode ser contada por meio de falas e músicas. Isto, na verdade, exige que o elenco seja formado por atores que saibam cantar. E, por que não, que saibam também dançar! Na Broadway os profissionais costumam ser assim, completos.

Curiosamente, alguns musicais famosos foram representados em São Paulo, mas com uma característica: todas as músicas foram cantadas em português. Vide "O Fantasma da Ópera", "A Bela e a Fera" e "Cats", o mais recente, atualmente em cartaz. Sinceramente, acho que o musical perde um pouco de seu charme quando isso ocorre. Simples opinião pessoal.

Para a minha surpresa, ouvi falar de uma peça de teatro sobre os musicais da Broadway, na qual preservaram as músicas em inglês. Fiquei curiosíssima e fui assistir "Por uma Noite - um sonho nos bastidores da Broadway".

Inicialmente, é muito bacana ver uma galera tão nova e talentosa! Ainda precisam amadurecer como atores, mas como cantam! Isso sem falar nos oito bailarinos em cena. Gostaria de destacar as atuações de Jules Vandystadt,  Roberta Spindel e Rosana Chayin, três cantores maravilhosos!

É bom demais vê-los interpretando trechos de musicais famosos como: Summer Nights (Grease), Under the Sea (The Little Mermaid), Aquarius (Hair), Dancing Queen (Mamma Mia), All that Jazz (Chicago), Somewhere over the rainbow (O Mágico de Oz), Seasons of Love (Rent) entre outros.

O musical, baseado no livro de L. F. Filgueiras, está em cartaz no Teatro das Artes no Shopping da Gávea. 

Vale a pena conferir e entender porque a peça passou para o horário nobre do teatro, com sessões sempre cheias. Se não houver uma prorrogação, fica em cartaz até 02 de maio.

domingo, 11 de abril de 2010

O Começo de Tudo

Olá!
Desde que me entendo por gente, gosto de inúmeras manifestações culturais: cinema, teatro, shows, exposições, dança etc.

E, curiosamente, sempre gostei de anotar as minhas impressões sobre a programação vista, principalmente os filmes.
Logo, este blog tem essa finalidade: que eu possa, a partir de agora, compartilhar as minhas impressões com outras pessoas e que surjam as mais diversas opiniões. Um mesmo assunto sob diferentes pontos de vista. Simplesmente, enriquecedor!
É bom deixar claro que não tenho a pretensão de fazer observações técnicas porque sou apenas uma apreciadora, da forma mais leiga possível.
Espero que gostem do que vem por aí! Afinal, cultura é viciante!